Esta noite, perdida nos meus pensamentos, lembrei-me da viagem que fiz a Dublin-Irlanda, com a Nádia. Foi um dos prémios que conquistamos com a nossa vitória no programa "Herman Sic". O avião partia de Lisboa, e por isso nessa altura viemos no dia anterior para a capital, a fim de estarmos a horas, prontas para apanhar o mesmo. Chegamos ao final da tarde a Lisboa e fomos visitar a antiga Feira Popular. Divertimo-nos imenso a correr a feira toda e a conhecer os cantos todos à casa. Depois de jantar, lá fomos para os nossos "aposentos" para descansar... e conseguir? Decidimos que iríamos fazer uma directa e depois dormiamos no avião. A noite foi passada a tirar fotografias, a comer bolachas e a dizer "asneiras" para nos rirmos. Logo pela manhã e depois de uma boa banhoca, lá nos dirigimos para o aeroporto, prontas para fazer a tão ansiada viagem! Após tudo em ordem, despedimo-nos de todos e entramos no avião à conquista da aventura! Assim que chegamos a Dublin, tínhamos um motorista à nossa espera para nos levar ao hotel. Lembro a nossa felicidade, quando percebemos que o senhor que nos abriu a porta do carro e levou as nossas malas era Português ( em cada canto do mundo, tem sempre um Português)... Que alívio! Alguém que falava a nossa língua... começavamos bem! Assim que pousamos as malas, tivemos que nos dirigir à destilaria da jameson (empresa que ofereceu a viagem) para uma visita... Ganda seca! Logo nós que eramos umas fãs de whisky... Se ainda ao menos fosse um vinho do porto... Tivemos que chamar um táxi para nos dirigirmos ao local, e foi aí que começou a nossa saga... Imaginem um país de loiras(os) com olhos azuis, receber a visita de uma morena com ar oriental...O taxista queria levar-nos para jantar em casa dele... Eu e a Nádia só nos riamos e diziamos que tinhamos a família á espera no hotel... No dito hotel, estavamos no bar, sentadas na nossa mesa, numa amena cavaqueira, quando de repente nos apareciam copos com bebidas em cima da mesa, sem os termos pedido... o empregado dizia que era um senhor lá no fundo da mesa que nos oferecia... e nós... mandavamos para trás... Na discoteca, tinhamos que andar sempre a mudar de lugar, porque a Nadia com os seus caracóis pretos dava "nas vistas" e os loiros queriam conhecê-la... que tormento... mas um tormento divertido! O ponto alto dessa viagem, foi termos conhecido o Pai Natal! É verdade! O senhor de barba branca e um aspecto ternurento, entregou-nos um cartão onde se podia ler: " Santa Claus" e o respectivo número de telefone! Foi o nosso anjo da guarda, porque não deixava ninguém se aproximar de nós... Sempre que nos sentiamos incomodadas por alguém, bastava chamar o "Santa Claus" e lá vinha ele do seu quarto, fazer-nos companhia na mesa do hotel! Lembrei-me também, que as nossas mãos ficaram para a posteridade num restaurante em Dublin... Passo a explicar: Uma das noites que fomos jantar, descobrimos um restaurante muito engraçado, que tinha lápis de cera em cima das mesas... pelas paredes, desenhos, poemas e nomes de pessoas que jantaram por lá! Eu e a Nádia não quisemos fugir à regra e resolvemos participar. Cada uma dava uma ideia, mas nenhuma nos agradava... até que acabamos por fazer algo simples: A nádia pousou a mão em cima do papel, enquanto eu passava com o lápis à volta e o mesmo aconteceu comigo. O resultado foi giro! As nossas mãos ficaram bem juntinhas e escrevemos por baixo: A Nádia e a Elisabete estiveram aqui! Depois colocamos o nosso desenho "artístico" na parede, junto com todos os outros! Ás vezes pergunto-me: Será que ainda lá está? Talvez um dia, se voltar a Dublin, eu possa descobrir! Tantas coisas bonitas e divertidas que vivemos nessa viagem... Jamais esquecerei, viva o tempo que viver!
Ficam as recordações de uma experiência que nunca mais voltará a ser vivida...
Saudades Amiga!
