domingo, março 29

Homenagem a Nádia Oliveira

Momentos de Ressurreição

Uma flor, um poema e um sorriso à entrada do Cine Globo d’Ouro. Foi assim, desta maneira original, expressiva e bela que os convidados para esta homenagem foram recebidos, um a um. Lá dentro, uma voz - a voz da Nádia - enchia o salão de espectáculos, à medida que ele se ia enchendo também de pessoas que aí se dirigiam para homenagear uma jovem arouquense tão tragicamente desaparecida do nosso convívio, fez um ano no passado dia 25 de Março.

De mim para ti


O espectáculo de homenagem a Nádia Oliveira organizado por um grupo de amigos, sob a coordenação de Elizabete Soares, começou com um belíssimo texto “De mim para ti” escrito por Miguel Brandão e a que Elvira Tavares emprestou a gravação da voz.

Apoiado pela projecção de imagens e pequenos clips de vídeo sobre momentos vividos por Nádia Oliveira, este primeiro número, acompanhado a piano e a flauta, constituiu o primeiro momento de ressurreição dos muitos que se iriam seguir, ao longo de mais de três horas de espectáculo, em que foram evocados alguns dos muitos momentos musicais a que a sua voz e a arte do piano deram existência.

Assim foram apresentados inúmeros clips de vídeo, muitos deles inéditos para a maior parte do público e revivendo momentos, não só de âmbito mais local, mas também alguns de âmbito nacional, partilhados com alguns conhecidos apresentadores da televisão portuguesa, em concursos musicais.

Entre o virtual e o real


Após a evocação de cada um desses momentos artísticos eram recriadas ao vivo, por amigos ou por grupos a que Nádia Oliveira se ligou através da arte musical, algumas das suas mais significativas interpretações.

Desses grupos, além do Orfeão de Arouca, refira-se a actuação do grupo Tunaite que, através de um interessante e bem conseguido jogral, evocou momentos académicos partilhados com Nádia Oliveira, não só na vertente cultural, como também na vertente recreativa e de lazer. “Como foi boa a tua amizade e bom aprender com a tua humildade!”

E se os aplausos da plateia uniam indistintamente, quer os momentos reais, quer os virtuais, tornando por vezes muito ténue a diferença entre eles, a verdade é que a inevitável lembrança daquele fatídico 25 de Março de 2008 acabaria por interromper toda aquela magia de ressurreição virtual, remetendo-nos de novo à realidade nua e crua da vida.

A homenagem


Participaram nesta homenagem, além dos grupos Orfeão de Arouca, Academia de Santa Maria da Feira, os D’Arc, Tunaite, Lusitânia e o Grupo de Várzea, um grupo de amigos constituído por Elizabete Soares, Susana Gonçalves, Rita Gomes, Rui Correia, Tony Noites e Miguel Brandão.


Lembranças


Talvez com o intuito de emoldurar com alguma suavidade a crueza da vida quiseram os organizadores desta homenagem a Nádia Oliveira entregar aos seus familiares mais próximos algumas lembranças constituídas essencialmente por flores e por reproduções de diversas fotos da filha, na convicção de que “lembrar é fácil para quem tem memória, mas esquecer é difícil para quem tem coração!”

Retirado do Blog : http://mirante.aroucaonline.com

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